quarta-feira, 2 de julho de 2008

Saudade

Não é uma semana fácil. Faz quatro anos que faleceu o meu pai. A minha mãe, foi internada na terça feira e embora a sua energia e força de viver seja um indício que tudo vai correr bem, não posso esconder o nervosismo que tenho sentido esta semana. Não é uma coisa muito natural em mim, que encaro estas coisas como fazendo parte da nossa passagem pela terra e as permanentes vicissitudes da vida, não é mais, que um abrir e fechar de portas e tomadas de opcções até ao dia do juízo final. Mas esta semana tenho estado mais vulnerável e apoderou-se de mim um estado de alma, que me fez ter dificuldade em controlar.
A saudade.
Tenho saudades do meu velho. De quando me ia buscar após um dia de trabalho evitando mais uma tareia, que por certo, estaria á minha espera quando chegasse a casa.
De o ver rodopiar na sede do ribatejano ou em qualquer celeiro uma valsa a prémio interminável em que ele invariavelmente ganhava. Tenho saudades dos nossos piqueniques a borda do Tejo, desses domingos maravilhosos passados no salgueiral. Tenho saudades do seu trabalho, digno, laborioso e competente mesmo quando depois de percorrido mais de 13km de bicicleta.
Tenho saudades da sua companhia como jogador da bola e depois como árbitro onde passamos momentos que retenho na memória. Tenho saudades nossos almoços e jantares, onde vinha sempre a baila o Ortigão. Tenho saudades de o ver chorar pouco tempo ante de morrer, pela avó que foi a mulher mais marcante na sua vida. Tenho saudades do pai. Tenho saudades do meu amigo.
Por isso é grande a expectativa em relação á operação da minha mãe. É a única ascendente que me resta e por ser a ultima a atenção e preocupação, é um dever para quem nos deu algo tão precioso que é a vida. Deus há-de ajudar e inspirar os médicos que na sua sabedoria e competência por certo tudo farão para que esteja de volta em pouco tempo. È o meu desejo, é a minha fé, é a minha esperança. Tenho saudades do meu pai mas não quero tão depressa ter saudades da minha mãe.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Uf..... Que dia...... e que final !!!!

Acordei animado por um domingo que já sabia ser de fortes emoções mas ao espreitar o tempo atravez da janela não me pareceu que a minha animação tivesse a cara correspondente ao que presenciara. O dia era de festa e fosse qual fosse o tempo decerto seria bem passado porque a comemoração do aniversário do S.T.P.T.(Sindicato Telefonistas Portugal Telecom), era um pretexto para voltar a ver camaradas de outras guerras em que a vida nos vai proporcionando e cujos percursos se vão cruzando ao longo dos anos.

Lá estavam apanhar o autocarro e logo ali encontrei alguns que não via algum tempo. O Dinis e a esposa, Peso, Candeias, Fernanda, Alves, Seixas e o meu parceiro de viagem que falou o tempo todo e que fez com que as horas se passassem num apíce, o Sintra. Foi pois com este ma rafado que conversei durante a viagem e na visita que fizemos ao Santuário de Fátima.

Foi a primeira vez que pisei as novas instalações de culto do Santuário e confesso que gostei do que vi.

Havia muita gente de todo o mundo e aqui e ali íamos encontrando caras que nos são familiares quer fossem da P.T. quer da nossa zona geográfica.

Foi como um aperitivo para a grande confraternização em Boleiros no restaurante D´Nuno.

O Serranho, Santos, Aleixo, Zé Oliveira, Andrade, Zé Manel e Nazaré, Manuel Santos e o Leopoldo com quem tive o prazer de estar na minha mesa foram entre tantos outros que me deram imenso prazer de os rever e que ao contrário do tempo abriram para uma tarde bem comida, bebida e de amena cavaqueira.

As18h e 30 foi o regresso depois de despedidas mais ou menos molhadas com o ultimo copo que teimosamente demorava a terminar.

O Sintra não dava mostras de cansaço e relato da final da taça entre o Porto e o Sporting era ouvido a espaços. Terminado o tempo regulamentar sem que nenhum dos Clubes fizesse o gosto ao pé era tempo de prolongamento. Não compreendo bem como é essa coisa de a lua ter uma face voltada para nós e na China será que eles vêem a mesma face? Confesso que nesta altura já os meus sentidos estavam mais voltados para os acontecimentos do Jamor e apetecia me tudo menos falar de astrofísica. Cerveja Cintra junto á saída para Santarém e golo. Ouvidos atentos seria de quem? Tiui então foi do Sporting.

Palmas no autocarro porque havia, graças a Deus, vários Sportinguistas e como a rivalidade está em alta entre Benfica e Porto Os Benfiquistas toram como suas as alegrias dos adversários da segunda circular.

Golo gritou alguém que nervosamente deixou cair o radio. Tiui! Será outro ou é repetição? Era outro e para que tudo fosse perfeito só faltava mesmo era chegar bem a casa.

Não jantei e também não tinha necessidade porque vinha de papo cheio. Fui só beber um café e comi demoradamente uma queijada de requeijão enquanto via a repetição dos golos.

Tentei falar com o Camilo Sportinguista de gema mas ele nesse dia não falava de bola era só para saborear.

Eis pois como um dia nublado e chuvoso se transformou num dia soalheiro que com a vitória do Sporting foi como a cereja no topo do bolo.

quarta-feira, 26 de março de 2008

O tempo convidava á lareira

Foi uma Páscoa triste que encontrei na minha terra.

O vento gélido que se fazia sentir, aliado ao pouco sol existente fez com que Valada parecesse ainda mais triste.

Salvou-se o Tejo, que foi presenteado com Lua cheia e com a maré nocturna bailou, desenhando nas suas águas pelo do luar que atravessava as nuvens recortes de rara beleza. Se juntarmos a esta dança os veleiros que pela Páscoa teimam em criar uma tradição que nos alegra, deslumbra e premeia, estão criadas todas as condições para que possamos eleger a nossa terra como uma das Rainhas do Tejo.
Salvou-se a Sexta-Feira Santa onde o número de visitantes veio alegrar e colorir Valada dando-lhe um dinamismo a que vamos estando habituados sempre que existem eventos e são atempadamente divulgados.
Foi sol de pouca dura, de tal modo que, não havendo sábado sem sol,este apareceu tarde e a más horas e a chuva que então caiu fez com que o dia parecesse ainda mais triste.
Senão fosse açorda de sável ao almoço, comida em companhia de um casal amigo então o dia ia de mal a pior.
A culminar esta tristeza também o meu Sporting não ajudou ou será que a tristeza foi por isso mesmo?
Domingo foi mais quente mas ainda assim éramos poucos e como teimam em demorar as obras no largo sempre deu para nos juntar-mos na critica aos aspectos menos felizes de um trabalho que vai ficar bonito quando concluído mas que deixa a desejar nos pormenores.
Nem tudo foi mau, pois que lá em casa a família reuniu mais uma vez e nos deliciá-mos com uma bela feijoada de chocos que embora fuja da tradição estava uma maravilha e pudemos rever os rebentos mais novos da família que tal como a feijoada estavam no ponto.
Agora voltamos ao trabalho pelo menos alguns e por isso a quem interessar bom trabalho aos outros bom lazer.
José Isidro

quarta-feira, 19 de março de 2008

Páscoa tempo para a esperança

Se existe algo parecido com a ressurreição, que se renova em cada Páscoa e aos crentes dá novo alento nestes tempos dificeis, esse algo tem o nome de R.F.C.V..
Com todas as dificuldades emergentes de uma terra pequena, pobre e desertificada é este Clube o baluarte do querer e do sentir das gentes da borda d`agua que nos leva em cada ano a tentar por de pé mais um campeonato na esperança de victórias que são importantes mas que têm importância quanto baste.
A renovação do relvado é prioridade para nos permitir disputar em nossa casa o 33º Campeonato Distrital da Inatel de Santarém.
Parece pouco em 85 anos de história do Ribatejano mas quem o acompanha de perto tem a noção qe tal como a ressurreição todos os anos tem acontecido um pequeno milagre que só tem sido possivel graças a generozidade de alguns e o trabalho de outros.
Pàscoa Feliz